Chasing the Sun

“Chasing the Sun” se inspira na mitologia grega antiga e reconta a história de Clítia, uma ninfa da água que se apaixonou perdidamente por Hélio, o deus do sol. Apesar de seus sentimentos serem intensos e inabaláveis, Hélio entregou seu coração a Leucótoe, uma princesa mortal conhecida por sua beleza e bondade.

Cega pelo ciúme e consumida pela dor, Clítia revelou o caso secreto ao pai de Leucótoe, o rei. Enfurecido, ele puniu a filha enterrando-a viva. Esse ato cruel não trouxe Hélio de volta. Clítia foi deixada sozinha, em desespero, deitada sobre a terra e olhando para o sol, que jamais poderia alcançar.

Segundo o mito, a devoção infinita de Clítia a transformou em um heliotrópio — uma flor violeta que segue o sol no céu com seus movimentos.

Entre fúria e tristeza

Musicalmente, “Chasing the Sun” reflete o contraste emocional que define a história. Os versos são rápidos e intensos, representando a raiva, o ciúme e o colapso emocional de Clítia. Em contrapartida, os refrões desaceleram e ganham um tom mais melódico, captando a tristeza do destino de Leucótoe e o silêncio melancólico da transformação de Clítia.

Letras como “Fed his anger with deception” e “Buried alive and betrayed by her blood” evocam tanto a tragédia quanto suas consequências. A canção retrata como o amor pode se tornar destrutivo quando é distorcido pelo ciúme, e como a devoção pode perdurar além da própria morte.

Devoção eterna em flor

A imagem final da canção fecha o ciclo do mito. Ao se transformar, Clítia continua a observar Hélio do chão, sem nunca desviar o olhar. A frase “Turns the head always to watch him cross the sky” expressa esse ciclo eterno — um símbolo de beleza, punição e amor inabalável. Sua transformação se torna ao mesmo tempo sua maldição e seu legado.

“Chasing the Sun” é uma faixa dinâmica e comovente que combina mitologia, melodia e reflexão. Ela nos lembra que o amor, quando perdido ou traído, pode deixar marcas que duram para sempre — às vezes, até na forma de uma flor.